domingo, 31 de outubro de 2010

HOMENAGEM

Aos meus queridos filhos ADRIANO, ANDRÉ e ANDERSON, e à minha DOCE neta MEL.


INSPIRAÇÃO MAIOR

Quando despertei, esta manhã,
de um sono tranquilo,
e abri os olhos -
- maravilha das maravilhas!
Onde pousou meu olhar ainda vacilante?
- Nos olhinhos do menino meu!

Seu sorriso radiante,
descobrindo os dentinhos tenros,
me emocionou.

Aquele semblante sereno
me enterneceu.

E me comoveu
a paz daquele momento.

Parece mesmo que chorei.

De ternura,
de Amor,

De PAZ!



MANHÃ QUE VALEU UMA EXISTÊNCIA

Passei hoje uma manhã - bela manhã! -
que valeu por uma vida inteira.
Manhã de sol brando qual manhã primaveril!
Natureza tranquila e soberba.
Espírito calmo - : paz!
Tranquilidade e paz dadas por uma criança.
Por minha criança! ...
... que corria pelo quintal abençoado –
- pequeno mundo de um pequeno ser.

E o menino a correr atrás da bola.

Aquarela maravilhosa e terna:
a criança, rosada pelo sol em manhã esplendorosa.
O verde dos arbustos do seu pequeno mundo.
No alto, o azul sereno da imensidão misteriosa.
Rosa: vivacidade!
Verde: esperança!
Azul: paz!
Oh! Deus!... Sim: Deus! Como Vos vejo
nesta beleza toda.
Como Vos sinto em mim
e naquela criança que me destes,
e no infinito admirável!
Como Vos vejo e Vos sinto,
Meu grande Deus!

E a criança a correr,
e a sorrir,
e a cair, também.
Tudo isto é belo.
Tudo isto é Deus.

O Manhã! Ó Felicidade!
Manhã que bem valeste
toda uma existência:
volta, Manhã de sol,
pelo menos uma vez mais!



EXALTAÇÃO À CRIANÇA

Criança
que corre
e não cansa;
que ri e chora
e se apavora
com medo do bicho-papão:
criança, te amo!

Criança
que cai/se levanta;
que canta
e tanta
felicidade nos dá:
te amo, criança!

Criança:
anda/dorme,
vai/fica
e sai.
Te amo.

Pobre, rica, miserável criança.
Te amo, esperança!

Fagulha que se transforma em fogo.
Que queima: destrói o mal.
Chama que ilumina caminhos,
afugenta a escuridão.

Esperança
Chama
Criança.

Te amo!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

CONTRASTES

De meu mundo vago e pessimista
admiro a definição do céu azul-claro.

As árvores que apontam para esse mesmo céu,
dançando ao ritmo da brisa leve,
me falam de otimismo, retidão e alegria.

O beija-flor que daqui vislumbro
em torno a belas flores amigas
me falam muito de ternura e de amor.

E esse verão que principia a fenecer...
E este outono que sinto já chegando manso...
E essa tarde que cai um tanto melancólica, mas firme...
E esta noite que se aproxima lenta...

Essa inexorabilidade me estremece,
me sacode, me movimenta,
não me deixa pensar,
me impele ao amor.

Porque:

Nuvem passa.
Árvore tomba.
Cessa brisa.
Ave morre.
Murcha flor.

E eu tombo.

E murcho.

E passo.

sábado, 23 de outubro de 2010

ESPÍRITO/MATÉRIA

Cabeça baixa sempre pela vida,

cabeça baixa sempre para a vida.

Espiritualmente.

Nada enxerga da vida,

nada curte da vida:
apenas matéria.

Pisa quase linda flor: não vê, não sente.

Insensibilidade? Não - : materialidade.

Gestos, palavras, perguntas, exclamações: nada vê, nada ouve.

Insensibilidade? Não - : materialidade.

Muitas pessoas passam uma vida sem exercer sua sensibilidade.
Somente o corpo se liga à mãe-natureza.
Quando cai.

RELAX (I)

Ah! sentar sob sombra amiga

..................................................
até sentir saudades do sol.


Ah! ouvir não mais que o murmúrio de um rio

................................................................................
até cansar de tanta quietude.


Ah! respirar profundamente,
simplesmente,
despreocupadamente,
.............................................
.............................................

até não mais conceber outro ar.

Absolutamente.