A gente
de repente
vai.
Cai
o pano.
Abandono
da matéria.
Face séria,
sem cor.
IMOBILIDADE
total.
Final.
Amor.
Saudade.
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015
(Este soneto foi escrito antes dos meus vinte anos ...)
O anoitecer
Lassos da labuta de mais um dia
regressam os camponeses aos lares:
enxadas ao ombro, serenos olhares,
aqui, alguns conversam; lá, outro assobia.
Declina a tarde: além da serrania
perdem-se os últimos raios solares.
Os pássaros trinam, muitos, milhares.
Badalam os sinos: é a Ave-Maria.
Paira no ar suave aroma das flores.
Há em cada coração uma saudade.
Pálida estrela no céu aparece.
Cessam, aos poucos, todos os rumores.
Logo o silêncio a natureza invade.
Desponta, trêmula, a lua ... anoitece!
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