O anoitecer
Lassos da labuta de mais um dia
regressam os camponeses aos lares:
enxadas ao ombro, serenos olhares,
aqui, alguns conversam; lá, outro assobia.
Declina a tarde: além da serrania
perdem-se os últimos raios solares.
Os pássaros trinam, muitos, milhares.
Badalam os sinos: é a Ave-Maria.
Paira no ar suave aroma das flores.
Há em cada coração uma saudade.
Pálida estrela no céu aparece.
Cessam, aos poucos, todos os rumores.
Logo o silêncio a natureza invade.
Desponta, trêmula, a lua ... anoitece!
Lindo!
ResponderExcluirImaginei um quadro com a cena.
lindíssimo soneto!Meus sinceros parabéns!abraço poético
ResponderExcluir